quinta-feira, 5 de novembro de 2015

É o momento de arrematar imóveis

Meu caro colega de trabalho.

Lutamos diariamente contra esta crise política e financeira que assombra nossa economia.
Estamos diariamente absorvendo notícias ruins. Corrupção, delação daqui, delação dali, mas nada de concreto. O resultado disso é a incerteza de milhões de brasileiros sem exceção.

No universo do leilão não haveria de ser diferente. Estamos enfrentando a crise com primícias espartanas.

O mercado de leilões judiciais é uma fonte inesgotável. Todos os dias pessoas entram em conflitos. Imóveis são penhorados e levados a leilão. No entanto o mercado está em retração. 

As pessoas mais “comuns” de perfil menos agressivo deixam de participar dos leilões em razão das incertezas. Têm o dinheiro mas lhes faltam coragem.

Resultado disso: Maior demanda e menor concorrência. Os leilões judiciais estão muito menos competitivos. Só permanecem aqueles que já estão no mercado algum tempo e sabem que a crise vai passar. Que a compra em leilões (50% abaixo do valor de avaliação) ainda é um grande negócio mesmo porque é praticamente impossível haver uma bolha imobiliária em um País com déficit tão alto de propriedades.

E quem ganha com isso? Você!

Aproveite as oportunidades que vêm pela frente. Quando a crise acabar você estará vendendo o seu imóvel.

Um forte abraço

Clécio 
clecio@leilaooficialonline.com.br

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

É UMA BOA HORA PARA ARREMATAR CASAS


Tenho percebido a dificuldade que as pessoas têm - principalmente investidores mais experientes - em arrematar casas.

Sabemos que o "problema" é que estes imóveis são de baixa liquidez. Mas, DEPENDE do ponto de vista da avaliação do negócio.

Realmente o apartamento tem liquidez melhor na hora da venda. Porém, a concorrência é absurda. E isso é ótimo para o leiloeiro. Mas será que é bom pra você?

Vejo casas indo à leilão por 70% abaixo do valor real de mercado. Estas sim têm RENTABILIDADE e baixa concorrência. Quem afirma isso é quem conhece bem os índices.

Só que não podemos nos esquecer de que o instituto da arrematação é igual tanto para casas quanto para apartamentos. Portanto, as dificuldades são as mesmas.

Aí entram os dois pesos e as duas medidas. Se o trabalho é o mesmo, e você comprar um apartamento saberá que os débitos de condomínio a partir do dia em que arrematou serão seus. Poxa. Mesmo trabalho....e com despesas permanentes. Seria um passivo?

A partir do dia em que você ofertou lance e venceu a concorrência, será responsável pelo pagamento do condomínio. Pouco importa se tomará posso dali a seis meses. Se levar um ano da aquisição até a venda, terá um custo médio de R$ 7.200,00 para o imóvel ficar fechado.

A concorrência em apartamentos é absurda na hora do leilão (repito: o leiloeiro adora isso) e no final você torce para ter um rendimento superior á 25%.
Não estou dizendo que é um negócio ruim. Só estou dizendo que existem outras opções até melhores
do que essa, tais como casas, terrenos, etc...

Vejo inúmeras vezes casas e terrenos sem licitantes. Só que quando avalio o negócio, constato que os leilões desertos têm o valor de mercado superior a 70% do lance mínimo e com processo judicial sem problema algum.

Eu, particularmente prefiro ter maior liquidez. Sabe porque? quem tem pressa de ganhar dinheiro trabalha dobrado e ganha menos.

A conclusão é a seguinte:
Se eu faço 70% em um imóvel que levará dois anos para ser vendido, aquele que prefere apartamento ganhará no máximo 60% e trabalhou duas vezes mais do que eu. E não nos esqueçamos de que eu corro o grave risco de vender em bem menos de uma ano.

Portanto, pessoalmente, prefiro casas no interior de São Paulo. E você? Pense nisso!

Boa sorte! Bons Negócios
www.leilaooficialonline.com.br
clecio@leilaooficialonline.com.br

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Em tempos de crise o leilão Judicial de imóveis é um ótimo remédio



Um cliente me consultou, pois estava em dúvidas de arrematar um imóvel de outro colega leiloeiro. Ele estava preocupado com a crise financeira e política do País. E faz todo sentido.

O medo dele era comprar o imóvel e não conseguir vender e que o mercado imobiliário viesse a ter uma queda desproporcional e com isso, gerar prejuízo.

Minha resposta:

Primeiro: Ao contrário do que todos pensam, este é o momento de arrematar. Assim como ele, muitas pessoas estão pensando exatamente a mesma coisa e a concorrência nos certames têm diminuído consideravelmente. O tal efeito manada.


Segundo: Nos leilões praticamente não existe crise. Se você tem dinheiro, fará uma compra de pelo menos 50% abaixo do valor de mercado e a segurança jurídica da compra é inquestionável.

Terceiro: É muito pessimismo imaginar que o País quebrou e que não temos perspectiva de sair da crise – que é 70% política – e por isso paramos de investir.

Se você deixar seu dinheiro na aplicação sabe o que vai acontecer? Seus rendimentos irão lá para baixo isso se você não tiver prejuízo dependendo do grau de risco. A não ser que você seja um ninja do mercado de ações aí este negócio de Leilões não é para você.


Os imóveis de leilões são ótimas opções. Além da segurança da aquisição, você sempre contará com rendimentos e uma eventual locação além da rentabilidade natural na valorização. Ele será um ativo e não um passivo. 


O que está acontecendo é que a liquidez está bastante baixa, o que é absolutamente natural, e neste ponto você terá de ter paciência.

Arremate. Enquanto você corre atrás da carta de arrematação, posse do imóvel, desenrolar na Prefeitura, a crise diminuiu e você estará na frente daqueles que “esperaram a crise passar” para comprar algo. Quando ele estiver comprando, você estará vendendo. Foi este o conselho que dei ao meu cliente, e dou gratuitamente a você, leitor.


Boa sorte! Bons negócios




sábado, 25 de julho de 2015

Estou perdendo meu imóvel parte II

Caro leitor (a).

Em virtude da grande procura por este tema, resolvi não só publicar um novo post, como estudar mais profundamente o assunto.

Aí você pergunta: Porque o Leiloeiro se importaria com o devedor? Qual o interesse sendo que sua intenção é vender o imóvel?

Eu te respondo:
Primeiro que este leiloeiro é nomeado em mais de 300 processos diferentes por ano. Significa dizer que vejo todos os tipos de litígios e acompanho todos os tipos de soluções. Isso porque 40% dos leilões em São Paulo (não só os meus) são suspensos e muito são nulos.

Segundo que, sem querer e de forma natural, comecei prestar consultoria a Advogados de devedores e os próprios devedores que me procuram regularmente em busca de soluções. Muitos estão com os leilões designados e conseguem cancelá-los ou já foi possível anular leilões.

Em resumo, interesse profissional e talvez eu possa lhe ajudar. O que não prejudica minha atuação como leiloeiro. Eu simplesmente vivo a história de dentro para fora.

Outro ponto interessante, além de conhecer todo tipo de deslinde, é o meu desinteresse no seu problema. Sou imparcial. Você me apresenta seu problema e eu lhe vendo meu conhecimento sem qualquer interesse que não seja meu trabalho puro e cristalino.

Alguns fatos que podem impedir um leilão

Quando chega um processo em meu escritório, antes criarmos a expectativa de vendê-lo, avaliamos o processo e adivinha: uma boa parte deles chega com atos nulos ou falta de cumprimento de formalidades solenes para a efetiva validade do leilão.

Vejo diariamente pessoas perdendo seu imóvel dando-se por derrotada e deixando que isso aconteça por mero conformismo ou simples falta de conhecimento.

Um exemplo: A maioria dos devedores são casados e o (a) cônjuge não foi intimado (a). O Artigo 655 §2º da lei 11.382/2006 determina que mesmo que o cônjuge não seja parte no processo, este deve ser intimado da penhora.

Este é um dos muitos fatos que podem impedir que seu imóvel vá a leilão ou na descoberta a tempo, leva à suspensão, cancelamento ou nulidade.

Tudo depende da individualidade do leilão. É necessário que seja feita uma avaliação personalizada para se traçar uma estratégia específica.

Aos que pensam que alienar um imóvel é só nomear um leiloeiro e designar as datas estão bastante enganados. Existe mais por de trás disso do que você imagina.

Hoje, com o leilão eletrônico está em ascensão, mas, é em sua essência nulo.

Calma! Também explico: Isso ocorre porque os regramentos dos leilões eletrônicos contrariam a lei. Vejamos rapidamente:

Existe no ordenamento jurídico a hierarquia das Leis que se consiste, naturalmente, nas diretrizes que a Constituição Federal deu ao Estado Democrático de Direito com o objetivo de evitar que os governantes exerçam  excesso de Poder ao Legislarem.

O Leilão Eletrônico em vários Estados da Federação são regulamentados pelos Tribunais de Justiça. Ocorre que estes Tribunais em sua maioria regulamentam este procedimento através de provimentos. Estes provimentos simplesmente contrariam a Lei e todos os leilões seguem este regramento. Isso significa que a maioria (nem todos) dos leilões são nulos de pleno direito. Só temos que identificar no caso concreto.

É importante que você saiba onde está o problema. Mas atenção: Fazer alegação no momento inoportuno é o mesmo que renunciar seu imóvel.

Mesmo que se tenha um motivo consistente para suspender ou anular um leilão, é imprescindível que se tenha estratégia. Pois uma alegação prematura além de ser possível que não seja acolhida antes do leilão, lhe tomará um tempo precioso.

Nota importante: Não dou consultoria á devedores cujos processos eu seja o Leiloeiro nomeado.

Boa sorte!

clecio@leilaooficialonline.com.br
www.leilaooficialonline.com.br


quarta-feira, 22 de abril de 2015

REPASSE DE COMISSÕES Á ADVOGADO CONSTITUI INFRAÇÃO ÉTICA - Diz Comissão de Ética da OABSP



Nosso blog havia publicado um post com o tema de profunda importância no âmbito dos leilões judiciais.

Isso porque, inacreditavelmente somos constantemente assediados por advogados praticamente nos intimando a repassar parte de nossas comissões advindas das arrematações para sermos indicados em “seus” processos. E pasmem. Muitas vezes esses pedidos nos chegam mesmo quando nossa nomeação não dependa da vontade do advogado da causa.

Tivemos casos de pedido de suspensão de leilão (por parte da advogada dos autores) em virtude de seu inconformismo em não ver atendido seu pedido de nomeação do leiloeiro de sua escolha por contrariar sua expectativa de recebimento de vantagens financeiras. Atitude que agrava ainda mais quando o causídico não age em detrimento dos interesses de seu cliente.  

Mas a culpa não é apenas desses paupérrimos profissionais oportunistas. A responsabilidade é de leiloeiros, que, para ver sua ambição satisfeita, esqueceram de ofertar bons serviços, (muitas vezes por não terem esta expertise) e apelam à vantagem financeira. Acabou que tornou um "costume" no mercado e muitos advogados mal informados confundem a nomeação de profissional de qualidade com trocas de favores financeiros. 

Pois bem. A comissão de ética da OABSP manifestou de maneira serena e escorreita:

"O favorecimento – mediante comissão - de uma empresa de leilão em detrimento de outra, que possa ser mais em conta para o cliente ou para a parte contrária, ou que possa prestar um serviço mais qualificado por um preço mais justo  não constitui comportamento ético"

O parecer E.4.258/2014 brilhantemente ainda nos presenteia:

"Sim, partilho, no meu modesto entendimento, da mesma opinião: receber comissão de leiloeiro para favorecer a escolha constitui infração ética,..."

Não somos inocentes ao ponto de acreditar que o mundo em um futuro breve será perfeito. Mas ousamos a acreditar na união de profissionais éticos e de moral reta, para que, juntos contribuam com honra e a dignidade de ambas as profissões.

Repassar comissões á advogados constitui-se não apenas em atitude antiética. Constitui-se em crime de corrupção passiva e ativa. Crime contra a dignidade das profissões que têm por dever, preservar a transparência, livre concorrência e o princípio da imparcialidade. Além é claro, de lesar quem realmente traz a pacificação social do processo: O licitante (arrematante)

A credibilidade das profissões deve ser restaurada. 

O nosso sentimento com relação á comissão de ética da OAB é de absoluta aprovação. A acompanho seu parecer e repudio àqueles que se valem deste artifício, pois, é uma luta quase que desigual enfrentar o mal hábito apenas com as armas que empunhamos: A ética, imparcialidade, qualidade e boa fé!

Nossos cumprimentos!

Acesse o parecer do Tribunal de ética da OABSP na íntegra: 

Clécio.´.



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Como iniciar no mundo dos leilões - Não tenha medo

Olá. Tenho recebido inúmeras mensagens de pessoas de vários Países com perguntas sobre detalhes de como se arrematar imóveis em leilão judicial ou até mesmo extrajudicial.

A maioria estão no caminho certo. Pesquisam bastante vão adquirindo, com isso, conhecimento para depois participar de algum leilão. 

O problema é que prestei consultoria á pessoas que estavam estudando há três anos! Minha nossa!!! Três anos? Perguntei. 

O que ocorre, é que, naturalmente, as pessoas sentem-se inseguras. Sempre encontram uma justificava para não arrematar aquele cujo lote ou naquele momento. Isso é perfeitamente natural. 

Mas eu tenho uma novidade para você: A PRÁTICA TRAZ A PERFEIÇÃO

Eu sugiro que você pare de pensar demais e parta para o ataque, pois toda teoria que você adquiriu não se compara com o que você vai vivenciar quando tomar a primeira posse de seu imóvel.

Mas acalme-se. Para isso tenho três sugestões:

1) Para começar sua carreira, compre lotes de baixo valor. Os procedimentos de arrematação são os mesmos tanto para um imóvel de um milhão quanto para um imóvel de trinta mil reais.

2) Divida o que já aprendeu com um amigo, um familiar. Com isso você dividirá o risco e é claro, o capital inicial. Além do mais, a aquisição de imóvel em Leilão Judicial pode, perfeitamente, ser realizada em condomínio. Ou seja, em sociedade com quantas pessoas você quiser.

3) A terceira e muito importante dica, é: Alie-se a quem já arrematou - Isso fará com que aprenda muito e não se importe com quanto ele vai ganhar. O valor do conhecimento é inestimável. Aprenda com ele na PRÁTICA. 

Se você quiser esclarecer qualquer dúvida ou precisar de orientação adequada, faça contato: clecio@leilaooficialonline.com.br

Boa sorte. Bons negócios!


www.leilaooficialonline.com.br


quarta-feira, 8 de abril de 2015

Vinho de Louis Pasteur será vendido em leilão beneficente

Cento e cinquenta garrafas de vinho da vinícola criada por Louis Pasteur, no Jura (leste da França), serão leiloadas nesta quarta-feira em Paris, em benefício do programa de pesquisa da Academia de Ciências contra as doenças que atingem a madeira da videira - anunciou a instituição.
Localizada em Montigny-les-Arsures (Jura), a vinícola Rosières, propriedade da Academia de Ciências da França, foi o "laboratório ao ar livre" de Pasteur - considerado o pai da enologia moderna e inventor de pasteurização, cuja primeira aplicação diz respeito ao vinho.
A Academia de Ciências vai transformar esta vinícola de 2.500 pés em 47 hectares no primeiro local do mundo para o estudo de doenças da madeira - que tornaram-se nos últimos vinte anos tema de crescente preocupação para a indústria do vinho na França e no mundo - segundo a instituição. O INRA (Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola) de Bordeaux participará da pesquisa.
A atriz Mélanie Doutey e Michel Caboche, membro da Academia de Ciências, serão os patrocinadores deste leilão de caridade que incidirão sobre as safras de 1959 a 2011. Os compradores também poderão dar lances pela internet, através da página www.drouotlive.com.


www.leilaooficialonline.com.br
clecio@leilaooficialonline.com.br

terça-feira, 7 de abril de 2015

Não incide imposto inter vivos nas arrematações judiciais de imóveis



Para a expedição das cartas de arrematação oriundas de alienações judiciais, o juízo só a determina quando o arrematante prova o recolhimento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI).
A incidência ou não do ITBI é uma questão polêmica já que, indiscutivelmente, trata-se da forma de aquisição originária. Hely Lopes Meirelles explica que o fato gerador desse imposto é a transferência inter vivos da propriedade imóvel, por ato oneroso, seja imóvel por natureza ou acessão física, bem como dos direitos reais, exceto os de garantia (penhor, anticrese, hipoteca), abrangendo a cessão de direitos reais.
Sob esse prisma, a hipótese de incidência tributária do ITBI é a ocorrência da propriedade de bem imóvel, por ato oneroso e voluntário. A arrematação se dá na fase expropriatória da execução, assim como na realização de ativo arrecadado em massas falidas, ou ainda oriundo de confisco de processos criminais de narcotraficantes.
A transmissão de propriedade imóvel por força de arrematação ou da adjudicação é coativa. A compulsoriedade da cobrança via execução, assim como a excussão dos bens do devedor, retira do ato de alienação qualquer possibilidade de tê-lo como consentido.
Se o animus do legislador constituinte em 1988 fosse que o ITBI tivesse em seu campo de incidência toda e qualquer forma de aquisição, seu fato gerador teria sido definido não como a transmissão, mas aquisição. Tanto que é originária. O fato de o registrador da circunscrição imobiliária utilizar a mesma matrícula não descaracteriza a aquisição originária.
A arrematação constitui um direito novo. Nesse sentido, Pontes de Miranda explica que a sentença de homologação da arrematação é de natureza constitutiva, gerando ao arrematante um direito novo sobre os bens expropriados do executado.
Em se tratando da natureza jurídica da expropriação, isto é, da forma de aquisição originária da propriedade, significa dizer que quaisquer direitos reais relativos ao imóvel sub-rogam-se no valor do bem. O entendimento doutrinário majoritário é no sentido de que qualquer das espécies de expropriação será sempre o modo de aquisição originário, o que significa que o título de domínio do expropriante não deriva de um título anterior.
Não há a transferência da propriedade do expropriado para o adquirente. Não há relação entre arrematante e o expropriado/executado. A relação é linear somente entre o arrematante e a coisa. Pontes de Miranda afirma que a desapropriação acompanha o bem e desliga-o de qualquer apropriação desde esse momento. Por isso, a arrematação que se segue será originária.
Ademais, a aquisição originária pressupõe a inexistência da transmissão da propriedade, logo não incidente conforme disposto no artigo 156, inc. II, da Constituição de 1988. Não há, portanto, a existência do fato gerador que efetivamente legitime a incidência e a cobrança do ITBI no tocante a arrematação.
O Supremo Tribunal Federal declarou no RE 94580/RS ser inconstitucional a cobrança de Imposto de Transmissão em aquisição de propriedade mediante usucapião. Visto que neste instituto não ocorre a transmissão de propriedade de bem, por estar fora do campo de incidência do ITBI, que abrange somente a transmissão de propriedade.
Em sentido contrário, há quem defenda que há a transmissão inter vivos, pois antes da arrematação havia um proprietário, o expropriado. Após a arrematação passou a haver outro proprietário. E houve reciprocidade na transmissão forçada e onerosa. Discordo dessa interpretação, pois o que se discute não é a onerosidade, mas sim a aquisição como originária.
Não discordo na incidência em se tratando de leilão extrajudicial, tendo em vista que o comitente vendedor escolheu o leilão como forma transparente de venda, diferentemente do leilão judicial que não há transmissão por parte do expropriado.
Outra questão interessante abrange o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) devido antes da arrematação, que pela inteligência do artigo 130 do Código Tributário Nacional sub-roga-se à execução, não respondendo o arrematante por dívidas anteriores à arrematação. Situação diferente acontece no usucapião, que tem características de obrigação propter rem. Nesse caso, apesar da aquisição originária, o usucapiente fica responsável pela dívida de IPTU.
Fonte: Consultor Jurídico
www.leilaooficialonline.com.br
clecio@leilaooficialonline.com.br

domingo, 1 de março de 2015

Estou fora do brasil Quero arrematar

Tenho recebido muitos contatos de pessoas fora do Brasil que desejam arrematar imóveis e não se sentem seguros.

Primeiro quero dizer que o leilão eletrônico beneficia e muito quem deseja investir no Brasil sem ter que viajar.
Algumas pessoas esperam seu regresso ao País do samba para escolher algum investimento e quando encontra, está perto de voltar.

Estamos em Março de 2015, e posso afirmar com propriedade que os investimentos em arrematações estão rendendo à investidores no mínimo 30% liquido ao ano. Gostou? Então preste atenção nessas dicas e pare de perder oportunidades:

A maioria dos procedimentos podem ser feitos á distância. 

O leilão eletrônico propicia a falta de necessidade de sua presença física no certame: 1x0 para o leilão.

Você poderá dar lances pelo sistema eletrônico de onde quer que esteja.
Para isso, é necessário se credenciar com antecedência. Apenas envie seus documentos escaneados por email que tudo estará pronto para seus cliques: 2x0!

Aí você me diz que é difícil porque tem que ir lá ver o imóvel. Errado! A escolha do imóvel poderá ser feita à distância. Basta que você calcule o valor médio do metro quadrado á disposição no mercado, subtraia entre 5 e 10% de barganha que chegará ao valor médio de marcado. Isso para um cálculo superficial. Ou seja, o primeiro contato com a oportunidade. Existem profissionais do mercado que poderão lhe prestar esta Assessoria.

A assessoria preventiva ou posterior é praticamente obrigatória ás pessoas que moram no Brasil. Isso porque muitas pessoas no Brasil têm este investimento como um segundo plano. Ou seja, são médicos, professores, (não professores foi exagero meu), empresários de vários segmentos que executam suas tarefas e deixam para que profissionais avaliem seus negócios.

De toda forma, você poderá avaliar sozinho se o negócio vale ou não a pena.

Por exemplo:
Um apartamento na zona sul avaliado em R$ 500.000,00 vai a segundo leilão por R$ 300.000,00. Basta que procure saber por quanto foi vendido apartamento no mesmo condomínio nos últimos seis meses. 
Os gastos com a aquisição variam entre 10 e 22% do investimento. Daí seu cálculo. 

Para zelar pelos pormenores como registro de propriedade e posse do imóvel, também não é necessária sua ilustre presença. De todo modo você terá que contratar um profissional. Talvez, dependendo de sua escolha, a sua presença física deverá ser na hora da venda. Mesmo assim você poderá dar uma procuração específica a quem desejar para realizar a venda. Em suma, fique aí, trabalhando e ganhando seu dinheiro que alguém aqui poderá cuidar do seu negócio.

Mas não se esqueça, é importantíssimo que você seja assessorado por pessoas que tenham conhecimentos no mercado. Se você não tiver este profissional me procure que te indico um.

Mande suas dúvidas:

clecio@leilaooficialonline.com.br


Boa sorte, bons negócios!

Leilão judicial Eletrônico - democratização da hasta pública no Brasil

Leilão Judicial Eletrônico – Democratização da Hasta Pública no Brasil

Há mais ou menos nove anos, quando dei os primeiros passos em direção ao que mais gosto de fazer - leilão judicial em São Paulo - me deparei com uma realidade latente: Os leilões no Tribunal de Justiça de São Paulo era um tesouro perdido. Um segredo guardado á sete chaves.
O tal segredo que definia quem ganhava, quem perdia, quem lucrava e quem era o intruso nos negócios conhecidos como sombrios, deu fama no Brasil inteiro á conhecida “máfia” dos leilões que dominaram este mercado por muitas décadas.

Outra feita, num leilão que eu presenciava (por pura curiosidade) enquanto o oficial de justiça apregoava no saguão do fórum da lapa, uma senhora oriental me fazia inúmeras perguntas. Estava totalmente perdida. No mesmo ato um homem alto, com aproximadamente 1,82m, forte e com cara de muito mal, dava lances ao pregoeiro e lançava contra aquela senhorinha olhares devoradores. Apenas os dois disputavam o certame e aquela mulher de aproximadamente 1,50m de altura, era uma na verdade uma grande ameaça ao senhor bruta montes. Para ela, um mundo desconhecido. Para ele, uma verdadeira blasfêmia a presença daquela mulher. Eu a ajudei. Esclareci algumas dúvidas e ao final do leilão, após o vencer o grandalhão inconformado, gratuitamente eu acompanhei-a ao caixa para lhe mostrar aonde recolhia a guia de depósito. Também ganhei olhares nada amistosos daquele senhor.

Isso mostra que na verdade não seria possível manter por muito tempo esse tipo de comportamento. O monopólio dos leilões haveria de ter seu fim a partir de 2009 quando da redação do provimento 1625/2009. O tribunal de Justiça de São Paulo, com uma iniciativa corajosa, foi pioneiro na instituição e regramento do leilão eletrônico. Com isso todos nós temos a possibilidade de ter acesso aos leilões judiciais.

Como tudo que é humano padece de imperfeições, este provimento não haveria de ser diferente e que certamente penas imperfeições serão corrigidas. Muito embora o TJ tenha sido feliz na redação naquele primeiro momento, não significa que seja perfeito.  A redação carece de imediatas reformas em favor da democratização dos leilões já instalada em nossa sociedade, e agora não tem mais volta.
Enquanto isso não acontece, alguns cuidados são importantes que sejam tomados para que um participante leigo não caia na máfia dos leilões, que acredite: ainda existe, mas com outro formato. Assim como todo grupo de ações escusas, eles se adaptam à nova realidade e procuram ajustar seus interesses.

Uma das principais maneiras de se precaver é, sem dúvida, participar de leilões presididos por leiloeiros oficiais nomeados pelo Estado através da junta comercial.  
Esclareça suas dúvidas com profissionais credenciados e procure aqueles que mais lhe ofertam maior e melhor nível do que é mais importante em qualquer negócio: A INFORMAÇÃO.

Boa sorte! Bons negócios!


Alienação Judicial eletrônica dispensa carta precatória - Segundo STJ

  Faz algum tempo que tenho acompanhado a jurisprudência Paulista no sentido de que não é necessária a expedição de carta precatória para a ...